terça-feira, 21 de agosto de 2012

FOGO...!


 

 

VAMOS FALAR DE FOGOS FLORESTAIS?


Mais uma vez o país está mergulhado no drama sazonal dos fogos florestais e, mais uma vez, as entidades responsáveis se movimentam de forma irresponsável contra algo que anualmente acarreta milhões e milhões de prejuízo. Sobretudo numa época de crise em que todos os cêntimos são poucos para a combater.

Os fogos são uma guerra como qualquer outra. Como a militar, como a política, como a de marketing. Todas elas se regem pelos mesmos princípios já que todas elas têm por finalidade aniquilar um inimigo.

Não sou bombeiro mas, na minha vida profissional tive que estudar Clausewitz (Da Guerra) e Sun Tzu (A Arte da Guerra) além de muitas mais obras sobre a minha actividade. E, em todas elas se advoga que, quando o inimigo (neste caso o fogo) surge, se deve atacá-lo com todas as forças disponíveis já que é o momento em que ele se encontra mais vulnerável.

E a que é que assistimos no combate aos incêndios? Dado o alerta são chamados os bombeiros que, por trilhos e estradas sinuosas (quando as há) levam horas a chegar ao incêndio. Enquanto o fogo, sem controlo nem oposição se desenvolve a alastra até assumir proporções catastróficas. E que neste ano, nomeadamente no Algarve foi deixado “à solta” por mais de 30 horas.

O que fazer? Há um ou dois anos, assisti na TV a uma reportagem passada numa serrania do Algarve em que se tinha declarado um incêndio entretanto dado como extinto. A reportagem estava junto a um helicóptero de combate a incêndios. De súbito irrompeu um reacendimento a umas centenas de metros dali. O helicóptero descolou e numa única passagem, em poucos SEGUNDOS arrumou com o assunto. Ou seja, atacou-se o fogo com meios PESADOS deixando-se aos bombeiros a tarefa de fazer o rescaldo.

Pois bem, porque razão não se atacam os incêndios de imediato com meios aéreos que levam poucos minutos a chegar, não dando tempo a que ele alastre e dando tempo aos bombeiros (infantaria) para chegar e finalmente dominar os fogos? Quanto tempo e dinheiro não se poupariam? A quantas famílias humildes se poupariam os horrores da miséria?

Rezam as estatísticas que nos últimos 10 anos ardeu em Portugal uma área equivalente à da Bélgica. Por quanto tempo mais os «donos» deste país nos vão deixar arder a caminho da bancarrota? E o que lucram todos esses incompetentes com isso no meio de toda a nossa desgraça. 


Vamos deixar-nos de poupar cotos de vela e trabalhar a sério?


Nas nossas casas, quando algo se incendeia, não estamos à espera que cheguem os bombeiros para atacar as chamas. Vamos tentar apagá-las com o que estiver à mão tentando evitar que elas alastrem. E não colocamos gasolina próximo de um fogão a gás. Porque não procuramos desmatar essas florestas antes que elas peguem fogo?

Meios disponíveis não faltam!

Porque não mobilizar os presos de delito comum (não de delitos de sangue) para ajudarem na desmatagem? Procurem-se voluntários nas prisões que já tenham cumprido uma parte da pena. Com pulseiras electrónicas, claro. Isso até poderia ser um prémio de bom comportamento que os tornava úteis à sociedade e os retirava do ambiente pesado do cativeiro. Tentativas de fuga acabariam com a hipótese de voltarem a sair, além de terem um agravamento da pena.

O mesmo se poderá dizer de utilizar quem usufrui do Rendimento Social de Inserção que agora (finalmente) vai ser obrigado a prestar serviço à sociedade. Se o trabalho de desmatagem for pesado, isso será um forte incentivo para procurarem um trabalho mais agradável e fugirem ao desemprego. Como pode isso ser feito? Acampamentos nas áreas problemáticas com recurso ao material militar que agora não é utilizado em tempos de paz.

E os soldados nos quarteis? Porque não colaboram também quando não têm ocupações militares? Podem colaborar nas desmatagens como se fosse um treino de campanha diferente que os retira para acampamentos fora dos aquartelamentos. Voluntários não hão-de faltar já que, quantos deles, estarão a defender os seus próprios lares...

Tanta coisa que se pode fazer com tanta gente desocupada...

Vamos pensar nisso? São horas de acabar com compadrios e chamar os bois pelos nomes!

E, por hoje, é tudo. Até amanhã!


P.S. Acabo de constatar que a «internacionalização» deste blogue se estendeu à Bélgica. Benvindos sejam. Faço votos de que estas linhas que escrevo vos possam fazer companhia e vos liguem ainda mais a este nosso Portugal!

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/fogo-perto-das-casas-em-santa-cruz=f740980#ixzz246q4FGlE











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