quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Dissonâncias cognitivas



A Negação das Evidências...


«A dissonância pode resultar na tendência de confirmação, a negação de evidências e outros mecanismos de defesa do ego. Quanto mais enraizada nos comportamentos do indivíduo uma crença estiver geralmente mais forte será a reacção de negar crenças opostas.


Em defesa ao ego, o humano é capaz de contrariar mesmo o nível básico da lógica, podendo negar evidências, criar falsas memórias, distorcer percepções, ignorar afirmações científicas e até mesmo desencadear uma perda de contacto com a realidade»

(ler mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Disson%C3%A2ncia_cognitiva)

Este texto soa bastante familiar, não é verdade, Dr. Pedro Passos Coelho?
Quando acreditamos cegamente em alguma coisa e depois a realidade vem demonstrar algo muito diferente e contrário às nossas conveniências, tentamos distorcê-la ou entrever nela fogachos daquilo em que nos convém acreditar.

E andamos nisto há mais de ano e meio. A fazer de conta que a situação é aquela que «vendemos» aos eleitores e a escamotear a realidade dura em que não queremos acreditar.


«Sobre a nudez forte da Verdade, o manto diáfano da Fantasia»
(Eça de Queiroz in «A Relíquia»)


E isto que andamos a fazer há dezenas de anos, a gastar o que não temos e sem termos políticos HONESTOS que digam a verdade aos Portugueses. Porque o mais importante para eles (a para todos as rémoras(¹) que os acompanham) é sentarem-se no poleiro do Poder. As consequências?... quem vier depois que feche a porta... porque eles já se governaram.

Mas nós, Portugueses, não aprenderemos jamais. Continuaremos a acreditar nas fantasias que nos vendem sem pararmos para pensar na exequibilidade do que nos propõem. A caminho do desastre final por culpa da nossa preguiça, crendice e estupidez.

Por favor, lembrem-se da célebre frase de Winston Churchill:


«There is no cheap and good cigar»


Dispenso-me de traduzir. Até amanhã!



(¹) Rêmora ou rémora é o nome vulgar dos peixes da família Echeneidae que possuem a barbatana dorsal transformada numa ventosa, com a qual se fixam a outros animais como tubarões ou tartarugas, podendo assim viajar grandes distâncias. É normalmente usada como exemplo de comensalismo (acção de comer em casa alheia).



P.S. Até onde já chegámos? Fazendo o ponto da situação em dia de Todos os Santos, eis a imagem que retrata onde já nos leram por esse mundo fora... embora o mais importante seja o quanto nos lêem em Portugal.

E não há qualquer milagre nisso....

(não é visível mas inclui Cabo Verde, Timor-Leste e Luxemburgo)

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